quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Amor com data de validade

Olhando aquelas crianças felizes e despreocupadas pude lembrar que já fui assim.
Acho que fui precipitada, em tudo. Nenhum motivo era o suficiente, mas havia um detalhe: talvez você já não quisesse tanto quanto eu pensava.
E encostada na grade eu começo a lembrar de cada mínima coisa, de que talvesz eu não vá passar por tudo isso de novo contigo, esse fato é tão insuportável. E quando me dou conta me sinto ficar fraca e eu já não consigo me manter de pé. Me deixo cair e me sinto tão confusa. Eu já não sei se deveria, eu queria ter tudo de volta, já sentia como uma parte importante que derrepente desapareceu. Eu sei que preciso de volta, mas você precisa?
Acho mesmo que não. Mesmo que esteja se sentindo mal, é apenas culpa.
E eu ainda sinto o seu cheiro, não é minha culpa. Minha mente insana apenas o reproduz, me faz sentir.
Agora meu silêncio vale muito mais do que qualquer coisa pois eu sei que não posso enxergar nada com clareza.

PS: Eu to ficando ridícula com esse meu discursinho de dor de cotovelo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Cansei.

Pensei em adiar e adiar esse monólogo. Não consigo, está se mostrando pelo meu olhar. Cada palavra que eu gostaria de dizer num fim de semana próximo está reprimido e não posso mais me mutilar para expressar tais coisas.
 Ainda que eu não saiba usar as palavras tão bem quanto você, me esforçarei pra tentar dizer algo.
Odeio todos os seus anjos, ídolos, ladys, doces. Não suporto tanta proximidade, tanta paixão. O problema não é a divulgação de tudo isso. O problema é o que você sente. O problema é achar que sou apenas mais uma, que o meu espaço é tão pequeno quanto parece.
Tenho medo de te repreender, de te sufocar. Mas a minha vontade é de apagar todo teu passado, exterminar aquelas pessoas, te roubar, marcar você com uma coleira, levar pra longe, pra algum lugar que você precise apenas de mim.
Isso se tornou uma doença, um vício incurável que teimo em esconder até da minha própria consciência. Minhas palavras são poucas pra definir tantas dúvidas em meio a sinceridade no teu olhar.
Tenho medo que a história se repita, tanto pra mim quanto pra você.
Já olhei todas as tuas fotos, de todas as tuas fases. Todas tão lindas, tão a sua cara!
É insuportável pensar o quanto te desejo e o quanto isso pode te assustar. Odeio achar que você pode sumir do nada.
Agora penso em te maltratar, afinal você gosta de quem te maltrata, não é mesmo?
Não consigo. Você me faz rir, me faz perder a consciência, ultrapassar os meus limites.
Há dias em que a gente precisa saber que alguém está sempre por perto. Você não está e nem ao menos posso cobrar isso.

E vou criando dúvidas,  adoecendo pelas minhas neuroses e morrendo dolorosa e vagarosamente a cada palavra mal pronunciada.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Paralelo.

    E essa é uma das minhas crises. Eu não tinha sentido assim antes, achava que era apenas um mito. Descobri que isso existe e é horrível. Fica difícil quando vejo alguns amigos casando, tendo filhos. Isso é muito adulto e então penso que a realidade não é mais a mesma, estamos virando adultos agora. Logo vêm as repreensões, as velhas ladainhas de "vocês são muito novos para...". Talvez essa crise tenha vindo à tona mais tarde do que o esperado nas outras pessoas. E aqui vou criando mais um post imaturo, vazio, idiota. Eu realmente queria saber fazer melhor.
    E não quero mais sair desse mundo paralelo que me encontro agora, é tão confortável. É triste, mórbido. Mas a tristeza aqui já não causa a mesma dor, os castigos por aqui já não têm o mesmo efeito, as pessoas vistas aqui de dentro parecem mais terríveis do que são de verdade, mas não me afetam, não têm valor. Por isso é confortável passar o máximo de tempo possível por aqui. Mas ainda sim é triste, impetuosa, pois não cabe mais ninguém e a solidão é insuportável.
   Talvez precisasse abandonar essa minha bolha, mas não quero, não posso. Ainda é o único lugar onde não me sinto tão mutilada.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Thomas

"- Eu te amo.
- E por que você me ama?
- Eu te amo porque você é meu. Eu te amo porque você precisa de amor.
- Eu também te amo.
- Por que você também me ama?
- Eu te amo porque... pra entender o nosso amor ia ser preciso virar o mundo de cabeça pra baixo."



quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Suicídio indesejado

Ele tem alguns probleminhas, sim. Todos têm mas ele não sabe lidar muito bem com isso. Fica depressivo, preocupado, com medo. Mas enquanto está comigo parece completamente feliz, mas seu medo de entrar em crise novamente é tão grande que o toma por completo, então fica depressivo e novamente tem medo de ficar depressivo, tenta sair do poço. Isso não acaba.

Ah, eu realmente queria poder ajudá-lo, como eu queria! Não quero deixá-lo cair, não quero. Por mais que eu tente ele ainda tem medo daquele poço. Eu o puxo pra fora, com todas as minhas forças e sinto que não sou a pessoa certa pra fazer isso. Vejo o sangue dele em minhas mãos e olho curiosamente para ver de onde vem. Olho seus pulsos e estão rasgados e há uma lâmina no chão ao lado de onde ele estava. Puxo-o para fora, faço-o sentar. Um abraço forte nos prende, sim ele parece estar bem novamente. Ou seria isso apenas um modo de dizer que gosta de mim? Talvez.

Querido, é muito jovem ainda. Sabes que o amor não é o bastante para tirar-te de onde está. Sabes que tens de buscar por algo maior, só assim o amor valerá a pena. Não te deixarei cair, entrego-te minha alma para que não deixe-a cair também, talvez protegendo-a você se mantém em um lugar melhor.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Jardim de inverno.

Olhando para o nada eu procuro algum apoio. A ansiedade me mata a cada segundo, que mais parecem horas. Vejo algumas pessoas insanas passando por ali e onde está você? Minha mente enche-se de dúvidas e a cada uma delas eu pensava "não vai dar certo, não vai dar certo". A aflição era mais forte que eu. Sinto alguém atrás de mim e logo um alívio enorme de saber que sim, deu certo. Meu Deus, de onde você surgiu? Não importa, o que importa é que está aqui e está tudo bem. Não penso duas vezes antes de te abraçar muito forte, sem pensar, apenas sentindo que seu corpo está de volta aonde deveria estar todos esses dias: junto ao meu.

Debaixo daquela árvore tudo o que eu via, sentia e pensava era você. Às vezes me assustava com algumas coisas que te afligem, não que passasse insegurança, mas nós temos medo desse algo e sabemos bem disso. Estarei aqui enquanto eu aguentar e não vai ser por tão pouco que deixaremos tudo isso de lado algum dia.

Eu tentei fazer o máximo pra que soubesse o quanto eu te quero e sei que sentiu algo diferente naquela hora. Você diz ser perversão, eu digo ser divindade. Divindade pois não é algo tão físico quanto parece e sim o momento que nossas almas se encostaram e queríamos mais, mas não podíamos.

Foi lindo, feliz, chocante. O que mais eu poderia dizer para descrever a mágica que senti? O podre é que talvez só eu tenha sentido dessa forma, não importa. Tenho uma leve e boa sensação que isso é apenas o começo.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Holidays~

O Sol ilumina aqueles rostos na rua, meu caminho pra casa é cansativo mas penso em parar um instante na casa daquela garotinha, ela que há muito tempo me ouve, queria contar-lhe as boas novas e saber como ela estava. Caminhando até o lugar penso em como seria tocar a campainha e você abrir aquela porta e me dizendo olá do seu jeito. Então eu sorrio debilmente e te dou um abraço, como antes. Como seria sentir-me segura novamente contigo. Talvez isso demore a acontecer, talvez não aconteça nunca.
Não entendo até hoje como aconteceu, não me explicaram.
Chego até sua casa, e não há ninguém, não darei boas novas, não abraçarei e volto ao meu mausoléu de onde talvez não poderia ter saído jamais.
Quem sabe eu quebre as regras novamente.