quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Humano.

É impossível saber, muito menos dar nome às coisas que eu venho sentido. E olhando aquelas fotos, vocês são tão lindos e eu senti muita coisa mas novamente não consegui distinguir nenhuma. Não sei se é bom ou ruim mas a única coisa que consegui diferenciar foi a falta de alguma coisa.
Eu não consigo saber, por mais que eu queira. 

Vingativa, infantil, hipócrita, depravada, invejosa, falsa, cara de pau, oportunista, teimosa, desmoralizada, traidora, infeliz, preguiçosa.
É, eu ao menos admito.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

You know I like you better when you get drunk with me.

Ela não tem razão.
Ela literalmente não tem a razão.
Ela está transtornada, com a mente vazia e fria, completamente fria. É uma louca e você sabe.
Você precisa estar com ela que não precisa realmente de você. 
Eu te dou um adeus e digo "chega". No outro dia volto a você, eu sei que é isso que quer pois você sabe o lugar onde eu te quero, você vaga por lá a minha espera. Te tranco em uma pequena porta comigo, faço de você o que eu quero.


Te observo ao longe, ligeiramente bêbada, suas roupas manchadas e suas atitudes distorcidas. Sabe muito bem que prefiro quando você fica bêbada comigo por perto, pois sou eu quem cuida de você e quem sabe ter o seu corpo manchado por vinho de modo que ela jamais faria.

Você sabe bem, você sempre me diz isso tudo. Então me diga agora se vale a pena contrariar seus desejos por qualquer chantagem tosca.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"I watch the ships pass and wonder if she might be..."

Não importa quantas vezes você perturba a minha mente, nem quantas pessoas fazem o mesmo. Eu te vejo, eu te sinto e tudo o que eu desejo é que você fique bem.
E eu fico lembrando, eu tomo consciência que a única coisa que me faz voltar aqui e saber achar as palavras pra dizer algo que faz sentido é você, por que ao ler suas palavras eu consigo entender e de alguma forma quero dizer algo a respeito disso.
Sabe que pra nós nada mais faz sentido, eu também sei e mesmo assim me pego pensando em tudo novamente, lembrando de tudo.
Entender você é uma arte, que um leigo com paciência e interesse poderia aprender a fazê-lo. Eu até hoje estou aprendendo, assim, sem nenhuma razão aparente. Talvez por mero passa-tempo - é no que eu tento acreditar.
Eu te observo o tempo todo, eu realmente quero saber como você tem passado.
Sabe que um dia isso acaba.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Errar de novo

É nisso em que eu penso todos os dias.
Errar com todas as coisas tóxicas, errar com você.
Naquele dia eu saí correndo, e mesmo sem poder fui vê-la, como combinamos. Ah Deus, como estava linda! Como sempre, toda linda. Seu rosto, sua voz, seu jeito, ela, simplesmente ela. Mas voltei pra casa pensando em você, foi inevitável e logo comecei pensar ter ouvido a sua voz, ter sentido seu cheiro. Tive que segurar a vontade de correr pra sua casa e te tirar de lá pela janela e te devolver apenas pela manhã, ou melhor, não te devolver nunca mais. Logo percebo que é só mais uma tolice, produto da minha imbecil imaginação, assim como você que há algum tempo só existe na minha imaginação e quem sabe nas coisas que você escreve.
Mas pra mim sei que não será real novamente, afinal ela sempre estará lá por você e não eu.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Meme

A proposta é:
1. Agarrar o livro mais próximo.

2. Abrir na página 161.
3. Procurar a 5ª frase completa.
4. Colocar a frase no blog.
5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro! Utilizar mesmo o livro que estiver mais próximo.
6. Passar a 5 pessoas.

A frase do livro mais próximo foi a seguinte.
- São praticantes de jogging!

OK não fez o menor sentindo. Fazer o que? u_u
O livro: O Restaurante no Fim do Universo do Douglas Adams.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Não faz sentido.

     Eu não quero mais escrever. Mas algum desejo estranho me faz voltar aqui e dizer coisas incompreensíveis, descrever sentimentos medíocres e acreditar que algo surpreendente vai acontecer.
Relamente, aconteceu. 
     Aconteceu algo surpreendentemente ruim, foi o inferno novamente.
     A sequência foi: Um sonho, a felicidade, a empolgação, a descoberta, o surto, a confusão, a destruição de todas as coisas boas, o desespero, a tentativa de fuga, o abandono declarado, a falha no suicídio, no dia seguinte a segunda-feira de ressaca e trabalho, como se não importasse nem um pouco tudo o que aconteceu. E não importa para as pessoas, apenas pra mim.
     Não consigo não me importar, não posso. É uma parte essencial de mim, não consigo.
     E às vezes somem as palavras pra explicar tudo o que eu quero sem ter de dizer, isso de fato é muito difícil mas eu quero dizer algo que mude, que vire a página e não que faça pessoas tristes e doentes que leem tudo isso conservarem seu estado de espírito tão perturbado, tão frio, tão cheio de nada.
     É por isso que me recuso a continuar.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Puramente vazio.

Eu sempre procuro por ela, seja no lugar que for. Sempre espero vê-la, ou ao menos alguma marca que ela tenha deixado e claro que eu encontro. Eu sempre encontro.
Algumas palavras bem combinadas aqui outras que eu não entendo acolá. Mas quando eu esbarro em algo familiar é inevitável sentir um espasmo, não sei se de alegria, medo ou o quê, mas é tão bom saber que ela ainda lembra das coisas que eu disse uma vez, assim, ao acaso.
Não são apenas palavras, são partes de seus pensamentos, os mais sinceros. Mas são indecifráveis, apenas ela os entende, desconfio eu.
As lembranças já não tenho mais, os sentimentos já foram sufocados pelas circuntstâncias, mas é insanidade dizer que não me importo, pois pra mim ela ainda faz parte de tudo.

Sempre em vão.

Porque é sempre tão difícil de começar?
Há semanas venho tentando ajuntar as minhas ideias e voltar a escrever.

Bom, posso então começar falando de você.
Você, que provavelmente nunca vai ler isso aqui, eu realmente espero que não.
Você que tem o melhor cheiro do mundo sem precisar de perfume algum.
Você que me ouve, que acha que me conhece, mas, ah Deus, se soubesse as coisas que ando aprontando certamente não olharia para mim novamente.
Você que perturba meus pensamentos todas as noites, sem ao menos desconfiar disso.

Um dia sem você é muito tempo, então o que dizer dos meses que passo sem te ver?
Olho para aquela casa por onde passo todos os dias, olho fixamente tentando imaginar se você está lá e a cada dia eu tento entender a minha própria mente, tento ter certeza das minhas hipóteses e já não há dúvida: você é a tal. Vou te levar comigo pro resto da vida.
Não é amor, não é paixão, não é algo que eu possa descrever. Não existe nome e talvez nem quem sinta o mesmo.
É como se você fizesse parte de mim, pois não imagino mais nada sem você.
 

sexta-feira, 26 de março de 2010

Emptiness again

E hoje eu não sinto que tenho como escapar.
A coisa me é tão automática que nem me vejo correndo atrás dela.
Não quero, não posso, não preciso dessa merda. Mas ela me faz tanta falta, ah como faz.
O medo, a apreensão, a ansiedade e paranóia. Então a dor, a dormência, a alegria, paz total. Logo menos fico inquieta e consequentemente triste, culpada, depressiva, enjoada.
Preciso de mais um pouco.

Um dia desses resolvi que não queria mais e coloquei numa mesma mesa o verde e o branco. Isso me fazia tão mal e bem ao mesmo tempo. A sensação era inexplicável, mas as mesmas merdas de coisas me aconteciam depois de meia hora.
Novamente isso se tornou tão bom, e agora sei que não tenho apenas amigos. Tenho sócios e irmãos.

Três anjos estão sempre por lá pra me fazer mudar de ideia. Por eles eu mudo, eu passo à outra dimensão e vivo como se eu fosse muito normal.


Não tenho muito tempo, eu sei.

terça-feira, 2 de março de 2010

A falsa falta.

     Eu leio e releio os meus textos favoritos. Cada palavra sua me faz ficar imaginando no que estava pensando na hora em que os fez. Não vou dizer que alguém tem culpa nessa nossa pequena história, mas até hoje tenho a certeza de que isso deveria ser feito, por mais que doesse e dói até hoje. Eu sei que passa.
     Eu apenas me lembro de todas as nossas conversas e como era tudo tão irreal, como nossos sonhos pareciam distantes e no fundo eu sempre soube que não seria assim, que nada deveria ter existido. 
     Não sei a razão de tal sentimento que me faz te buscar a cada dia e procurar somente por você em outras pessoas, que me impede de continuar mas que ao mesmo tempo me motiva a buscar pelo que eu sonho a cada minuto.
     Sei que não poderei ter tal intensidade novamente, viver do mesmo modo que fiz contigo. Afinal você já tem outros planos e os ama mais que qualquer coisa. Mas os meus textos favoritos estarão sempre lá, por mim.

 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Eu apenas olhava pra elas conversando animadamente, estava tudo absolutamente normal. Só estava um pouco sonolenta. Parece que me desliguei por alguns segundos mas ouvi alguém me chamando. Me dei conta que eu estava realemtente passando mal.
Tudo chacoalhava, a sensação era desesperadora. Eu sentia um calor terrível e repentinamente tive a sensação de estar nua, simplesmente pela sensação do vento diretamente em mim. Não fazia sentido eu estava completamente coberta. Essa sensação de frio me deixou dormente e eu sentia apenas meus ossos.
Nada do que eu ouvia fazia sentido, na realidade nem ao menos ouvia, apenas escutava. Eu só precisava de um lugar para sentir que eu não ia cair derrepente. Me arrastei e me joguei numa parede. Eu ali, largada só queria que me deixassem em paz. As pessoas falavam e eu senti que se eu continuasse parada ficaria muito pior. Virei-me a um amigo e pedi que ele me ajudasse a andar. Ele ficou inevitavelmente surpreso com o meu pedido mas foi comigo.
Precisava voltar pra casa, não sabia se teria condições, mas estava sozinha novamente.
Hoje sinto falta de todas essas coisas, desse mal estar desejado.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Amor com data de validade

Olhando aquelas crianças felizes e despreocupadas pude lembrar que já fui assim.
Acho que fui precipitada, em tudo. Nenhum motivo era o suficiente, mas havia um detalhe: talvez você já não quisesse tanto quanto eu pensava.
E encostada na grade eu começo a lembrar de cada mínima coisa, de que talvesz eu não vá passar por tudo isso de novo contigo, esse fato é tão insuportável. E quando me dou conta me sinto ficar fraca e eu já não consigo me manter de pé. Me deixo cair e me sinto tão confusa. Eu já não sei se deveria, eu queria ter tudo de volta, já sentia como uma parte importante que derrepente desapareceu. Eu sei que preciso de volta, mas você precisa?
Acho mesmo que não. Mesmo que esteja se sentindo mal, é apenas culpa.
E eu ainda sinto o seu cheiro, não é minha culpa. Minha mente insana apenas o reproduz, me faz sentir.
Agora meu silêncio vale muito mais do que qualquer coisa pois eu sei que não posso enxergar nada com clareza.

PS: Eu to ficando ridícula com esse meu discursinho de dor de cotovelo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Cansei.

Pensei em adiar e adiar esse monólogo. Não consigo, está se mostrando pelo meu olhar. Cada palavra que eu gostaria de dizer num fim de semana próximo está reprimido e não posso mais me mutilar para expressar tais coisas.
 Ainda que eu não saiba usar as palavras tão bem quanto você, me esforçarei pra tentar dizer algo.
Odeio todos os seus anjos, ídolos, ladys, doces. Não suporto tanta proximidade, tanta paixão. O problema não é a divulgação de tudo isso. O problema é o que você sente. O problema é achar que sou apenas mais uma, que o meu espaço é tão pequeno quanto parece.
Tenho medo de te repreender, de te sufocar. Mas a minha vontade é de apagar todo teu passado, exterminar aquelas pessoas, te roubar, marcar você com uma coleira, levar pra longe, pra algum lugar que você precise apenas de mim.
Isso se tornou uma doença, um vício incurável que teimo em esconder até da minha própria consciência. Minhas palavras são poucas pra definir tantas dúvidas em meio a sinceridade no teu olhar.
Tenho medo que a história se repita, tanto pra mim quanto pra você.
Já olhei todas as tuas fotos, de todas as tuas fases. Todas tão lindas, tão a sua cara!
É insuportável pensar o quanto te desejo e o quanto isso pode te assustar. Odeio achar que você pode sumir do nada.
Agora penso em te maltratar, afinal você gosta de quem te maltrata, não é mesmo?
Não consigo. Você me faz rir, me faz perder a consciência, ultrapassar os meus limites.
Há dias em que a gente precisa saber que alguém está sempre por perto. Você não está e nem ao menos posso cobrar isso.

E vou criando dúvidas,  adoecendo pelas minhas neuroses e morrendo dolorosa e vagarosamente a cada palavra mal pronunciada.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Paralelo.

    E essa é uma das minhas crises. Eu não tinha sentido assim antes, achava que era apenas um mito. Descobri que isso existe e é horrível. Fica difícil quando vejo alguns amigos casando, tendo filhos. Isso é muito adulto e então penso que a realidade não é mais a mesma, estamos virando adultos agora. Logo vêm as repreensões, as velhas ladainhas de "vocês são muito novos para...". Talvez essa crise tenha vindo à tona mais tarde do que o esperado nas outras pessoas. E aqui vou criando mais um post imaturo, vazio, idiota. Eu realmente queria saber fazer melhor.
    E não quero mais sair desse mundo paralelo que me encontro agora, é tão confortável. É triste, mórbido. Mas a tristeza aqui já não causa a mesma dor, os castigos por aqui já não têm o mesmo efeito, as pessoas vistas aqui de dentro parecem mais terríveis do que são de verdade, mas não me afetam, não têm valor. Por isso é confortável passar o máximo de tempo possível por aqui. Mas ainda sim é triste, impetuosa, pois não cabe mais ninguém e a solidão é insuportável.
   Talvez precisasse abandonar essa minha bolha, mas não quero, não posso. Ainda é o único lugar onde não me sinto tão mutilada.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Thomas

"- Eu te amo.
- E por que você me ama?
- Eu te amo porque você é meu. Eu te amo porque você precisa de amor.
- Eu também te amo.
- Por que você também me ama?
- Eu te amo porque... pra entender o nosso amor ia ser preciso virar o mundo de cabeça pra baixo."



quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Suicídio indesejado

Ele tem alguns probleminhas, sim. Todos têm mas ele não sabe lidar muito bem com isso. Fica depressivo, preocupado, com medo. Mas enquanto está comigo parece completamente feliz, mas seu medo de entrar em crise novamente é tão grande que o toma por completo, então fica depressivo e novamente tem medo de ficar depressivo, tenta sair do poço. Isso não acaba.

Ah, eu realmente queria poder ajudá-lo, como eu queria! Não quero deixá-lo cair, não quero. Por mais que eu tente ele ainda tem medo daquele poço. Eu o puxo pra fora, com todas as minhas forças e sinto que não sou a pessoa certa pra fazer isso. Vejo o sangue dele em minhas mãos e olho curiosamente para ver de onde vem. Olho seus pulsos e estão rasgados e há uma lâmina no chão ao lado de onde ele estava. Puxo-o para fora, faço-o sentar. Um abraço forte nos prende, sim ele parece estar bem novamente. Ou seria isso apenas um modo de dizer que gosta de mim? Talvez.

Querido, é muito jovem ainda. Sabes que o amor não é o bastante para tirar-te de onde está. Sabes que tens de buscar por algo maior, só assim o amor valerá a pena. Não te deixarei cair, entrego-te minha alma para que não deixe-a cair também, talvez protegendo-a você se mantém em um lugar melhor.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Jardim de inverno.

Olhando para o nada eu procuro algum apoio. A ansiedade me mata a cada segundo, que mais parecem horas. Vejo algumas pessoas insanas passando por ali e onde está você? Minha mente enche-se de dúvidas e a cada uma delas eu pensava "não vai dar certo, não vai dar certo". A aflição era mais forte que eu. Sinto alguém atrás de mim e logo um alívio enorme de saber que sim, deu certo. Meu Deus, de onde você surgiu? Não importa, o que importa é que está aqui e está tudo bem. Não penso duas vezes antes de te abraçar muito forte, sem pensar, apenas sentindo que seu corpo está de volta aonde deveria estar todos esses dias: junto ao meu.

Debaixo daquela árvore tudo o que eu via, sentia e pensava era você. Às vezes me assustava com algumas coisas que te afligem, não que passasse insegurança, mas nós temos medo desse algo e sabemos bem disso. Estarei aqui enquanto eu aguentar e não vai ser por tão pouco que deixaremos tudo isso de lado algum dia.

Eu tentei fazer o máximo pra que soubesse o quanto eu te quero e sei que sentiu algo diferente naquela hora. Você diz ser perversão, eu digo ser divindade. Divindade pois não é algo tão físico quanto parece e sim o momento que nossas almas se encostaram e queríamos mais, mas não podíamos.

Foi lindo, feliz, chocante. O que mais eu poderia dizer para descrever a mágica que senti? O podre é que talvez só eu tenha sentido dessa forma, não importa. Tenho uma leve e boa sensação que isso é apenas o começo.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Holidays~

O Sol ilumina aqueles rostos na rua, meu caminho pra casa é cansativo mas penso em parar um instante na casa daquela garotinha, ela que há muito tempo me ouve, queria contar-lhe as boas novas e saber como ela estava. Caminhando até o lugar penso em como seria tocar a campainha e você abrir aquela porta e me dizendo olá do seu jeito. Então eu sorrio debilmente e te dou um abraço, como antes. Como seria sentir-me segura novamente contigo. Talvez isso demore a acontecer, talvez não aconteça nunca.
Não entendo até hoje como aconteceu, não me explicaram.
Chego até sua casa, e não há ninguém, não darei boas novas, não abraçarei e volto ao meu mausoléu de onde talvez não poderia ter saído jamais.
Quem sabe eu quebre as regras novamente.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A estrela e o Escorpião

   Por muitas e muitas vezes eu tentei continuar o que eu me propus a fazer. Por que parece tão difícil? Talvez eu tenha algo mais interessante ou alguma aflição em mente. Talvez a minha distração nem esteja na minha mente.  
    Ela pode estar em algum restaurante de fast-food, ou em algum colégio que eu conheço muito bem. Pode estar em alguma casa, cuidando de um garotinho, em qualquer lugar.
   Meus pensamentos a acompanham, talvez eles façam essa distração distrair-se, talvez não. Como poderia a própria distração cair em seu próprio veneno? Bem sei que pode. Sei que seu veneno é doce, faz bem. É como um escorpião que evoluiu, consertou os defeitos de gerações passadas, adaptou-se. Então alguém disse a esse escorpião que ele seria uma deusa e que seria Vênus.
   "Por que toda essa obsessão com Vênus?"  Alguém me pergunta. Eu respondo que é pelo simples fato de eu conseguir achá-la e enxergá-la facilmente de qualquer lugar que eu estou, e esse escorpião enxerga na mesma hora, do mesmo modo que eu quando o céu está límpido. É a estrela mais linda, mais brilhante e que representa as coisas mais importantes e fundamentais ao meu ver.
   Então agora, eis que o escorpião está em seu lugar. Estudando nessa exata hora em que escrevo aqui, e provavelmente quando ele sair debaixo do teto que o cobre verá a estrela, ou talvez não se lembre de olhá-la, mas ela sempre estará lá assim como eu estarei para ele enquanto aquela estrela brilhar.
   Trinta dias e algumas horas de algo que jamais quero deixar pra trás.

sábado, 24 de outubro de 2009

Insegurança

Um quadro vazio e alguns botões que conheço bem. Talvez não tão bem quanto deveria. Precisava escrever algo, por que simplesmente li algo que me fez sorrir, mesmo em meio a descrição depressiva. Vez ou outra dou uma passeada e volto à caixa onde já existe algo, mesmo que esse algo seja tosco.

   Precisava escrever sobre a tua insegurança. Por que sente-se assim? Talvez eu não diga com as palavras certas e nem nas horas certas o que você precisa ouvir de alguém. Talvez a sua insegurança seja fruto da minha, uma vez que tentei escondê-la de você.
   Queria consertar-te. Tirar de você todos os sentimentos que te afligem, todas as pessoas que te fazem mal, todas as suas dúvidas e ficar mais tempo contigo. Talvez a distância nos mate um pouco, quem sabe não é ela a prova de superação? Ah essa distância, tão maldosa e tão inevitável. Peço que tenha paciência, só mais um pouco. Peço que jogue fora toda a sua insegurança, isso está ficando tão instável, mas não significa que valha tão pouco que deva acabar por tão tolos pseudomotivos.
   Às vezes fico imaginando como seria escutar aquela música e pensar que está longe o suficiente para eu perder todas as esperanças de te ter algum dia novamente. Penso o que seria das minhas semanas sem aquela ansiedade, do que seria a minha alma sem toda essa aflição e alívio constante.
   Será que depois disso resta alguma dúvida quanto a nossa velhice?
   Vênus. ♥

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

I do.

Por muito tempo eu me afastei, julguei, maltratei, excluí, me isolei. Tinha medo do diferente. E agora cansei de ser como ela foi, cansei de manter uma distância formal de todos aqueles que hoje podiam representar uma parte muito importante do lugar onde eu teimava em ser sozinha, fechar as cortinas e permanecer na escuridão da minha mente.
   Eu também podia fazer parte do inferno pessoal deles. Por isso cansei. Não há mais tempo pra proximidades como antes, não há mais desculpas. Não quero que me vejam como eles me vêem, quero fazer parte de todos eles. Eu preciso fazer parte deles, talvez assim eu me liberte de conclusões precipitadas e manias que me fazem achar que eu realmente tenho algum problema mental sério. Estarei mais segura no mundo real, por mais estranho que isso possa parecer. Sou muito mais vulnerável no lugar que construí para me sentir bem.
   Fazer parte da população talvez seja a saída para a maior parte dos meus problemas, simplesmente por não precisar enxergar a verdade. Sim, pois é isso que é não olhar para dentro de si, não refletir sobre a razão das coisas, simplesmente seguir. Seguir todas as regras cegamente talvez seja a melhor saída.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Elvira.


Pensei em deixar tudo como está, por pura covardia novamente e então me lembrei de tudo o que passamos juntas, que foi a amizade mais perfeita e sincera que eu vivi. A cada dia nós nos descobriamos mais, até brincava que depois de tanto tempo eu não sabia nada sobre você.
Me pego ali parada e algum amigo em comum leva-me até você, eu sei que se eu não tentar dessa vez não conseguirei nunca mais. Não sinto como antes, não sei mais como devo agir contigo.
Preciso falar-te tanto, mas as palavras que saem são tão poucas e eu apenas consigo uma breve explicação idiota e um pedido de desculpas. Vejo sua expressão mudar, não que isso seja necessariamente bom. Ouço algumas palavras que não me fazem mudar de ideia e novamente um pedido de desculpas não aceito.
Escrevi tanto sobre você e nunca tive coragem de mostrar, agora menos ainda. Uma lágrima brota dos seus olhos e você some, eu também não podia ficar mais alí. Vou deixar bem explícito, para que saiba o quanto foi doloroso ver você chorar e não poder dizer que estou do seu lado, como antes eu fizera. Queria novamente te por pra dormir e te proteger como eu fazia quando eu sabia que precisava. Queria que acreditasse que estou disposta a mudar pra ter você novamente.
Não me via sem você antes e não me vejo sem você agora.

domingo, 18 de outubro de 2009

O mal necessário.

Por mais que ela estivesse infeliz sentia-se bem em sua escuridão. Apenas queria estar consigo mesma. Todos falavam ao mesmo tempo, aquilo era um inferno e a dor parecia ser insuportável, mas conseguia manter-se viva apenas por estar debaixo de sua capa.
Não escuta uma palavra, sabe que não valeria a pena. Apenas consegue pensar o que será de todos os planos que antes fizera com tanta empolgação e intensidade e agora tudo isso está em jogo, as chances de tudo isso acabar são infinitas.
Alguém que deveria estar segurando-a para que não morra sozinha está lá fora, pois provavelmente não se importa como diz fazê-lo. Ele não percebe o quanto é vital para ela. Ele foi a única coisa que muitas vezes a fizera ter um motivo pra seguir em frente e que essa dependência é mútua. Mas uma vez ele a deixa pelas futilidades da vida adúlta.
Ela ergue a cabeça e o vê parado em sua frente, confuso. Então seca as lágrimas e diz em desespero:
-Precisei tanto de você aqui e você não estava. Volte lá pra fora.
Ele apenas senta-se ao lado dela e segura sua mão. Ela se sente melhor, ele é o que completa a capa mas hora ou outra ele hesita, mente e põe-se contra ela, ainda abraçando-a. Ela não pode negar que ele o faça. Mais uma vez ela quer desistir, quer morrer e o amor diz não.
Ainda há uma deusa por ela e ela agradece todos os dias por essa estar ao seu lado e fazer valer a pena.

sábado, 17 de outubro de 2009

Melhor inseto.

Folheando alguns papeis e dentre eles sempre me deparo com uma marca tua que me surpreende. Vagabundo, boêmio, artista e amigo. A mais apaixonante amizade.
Todos os dias surgem entre nós novas piadas, novas manias, novas risadas e um sentimento que cresce a cada um de seus gestos, de momentos de glória, trristeza ou delinquência que compartilhamos.
Sim, você merece todos os posts do mundo, convidado número 1 das minhas festas na pscina de veneno, dos chás da tarde no jardim da borboleta Barnabé, das partidas de xadrez na casa do chapeleiro louco e de todas as minhas manhãs comuns, que tornaram-se muito mais completas na sua companhia.
Certa vez ouvi um "Oi, pode me chamar de..." e nunca mais esqueci que achei que você fosse a pessoa mais piranha do mundo. Já você conseguiu me provar o contrário e descobrimos que somos muito mais amigos do que imaginávamos.
Adoro estar ao teu lado e além de contar sobre a minha vidinha tão cheia de vacilos, gosto de te ouvir e de sonhar junto com você. De desenhar borboletas e de rir de peixes.
Best ♥

Our Square.

   OK, isso é real. Meu Deus, mal posso acreditar que é tão real quanto todas as outras coisas toscas e estapafúrdias que vivo todos os dias. Os olhos dela brilham tanto com a  luz do Sol, pouco me importo pelo lugar onde estamos e quantos trens já se passaram - é o nosso lugar e a nossa hora. Uma situação jamais vivida por mim antes. Estar tão perto de alguém e conseguir olhá-la nos olhos. Aos poucos nos aproximamos, ainda nos olhando nos olhos. Sinto seus lábios doces e quantes encostarem-se nos meus tão ansiosos por um beijo cheio de surpresas e paixão. Mas algo me mpede e nossos lábios de súbito de sesprendem.
   -Precisava dizer-lhe algo, não?
   -Sim. Fiquei curiosa para saber o que você tinha a falar-me.
   -Ahn... Como direi isso? É.. Vênus, quer namorar comigo?
   Olho para seus olhos aonde a expectativa deixava lugar para todos os sentimentos mais empolgantes e púrpuras. Tento olhar para alguma outra coisa para não deixar tranparecer a timidez.
   -Quero - pronuncia ela com a voz baixa e meio confusa. Olho para ela novamente para ter certeza, para saber se era verdade o que eu acabara de escutar. -Quero! - ouço novamente. Dessa vez com mais segurança.
   Em suas mãos uma fita de cetim rosa claro. Me atrevo, então, a colocar minha mão sobre a dela e a fita ali presa que mais parecia escorrer de nossos dedos com aquela luz do entardecer. Logo a fita se enrola em nossos dedos, prendendo uma mão à outra.
   Nossos lábios se aproximam novamente para finalmente um beijo. Intenso, diferente, estranho e doce, daqueles que fazem falta pro resto da semana.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Vênus

Fecho as janelas para te reconstruir, pois sei que mesmo se não estiveres aqui és minha.
Passo, então, meus dedos por teus cabelos, pelos teus olhos e pouco a pouco consigo enxergar um esboço quando torno a ligar as luzes. No mais, prefiro a escuridão. É nela que as linhas tomam forma e imitam a vida.
Teu rosto apresenta traços exóticos e lindos, fora do comum. passo a tarde contemplando tua infinita beleza. Ao fim, abro as janelas e os raios alaranjados de fim de tarde refletem sobre a folha onde há um belo rosto, não tão belo quanto o real, pois isso seria impossível de desenhar. Com aquela luz que traz a tua presença é que passo os dias tentando trasformar alguns rabiscos em arte final.
Tu, ó bela Vênus, que sabe o modo certo de fazer meus olhos refletirem teu brilho, deixa-me ficar sempre ao teu lado e encantar-me com tua beleza e charme peculiar para que meus olhos não percam o brilho da estrela. Daquela estrela.

Sonho maldito.

É aqui que dou início ao meu fim. Um beco com algumas pessoas. Vejo-as preparando um sonho e estou no meio delas. Vigio atentamente, conto todos os movimentos suspeitos, pois ao menor sinal devemos guardar papéis e plantas.
Tudo pronto e dois vão na nossa frente para infiltrarmos a dose de sonhos malditos e doentios em nossos pulmões e mentes. Primeira, segunda e terceira vez. Onde estarão os efeitos do sonho preparado? Alguém me diz para ter paciência e que três doses bastavam, pelo menos por hoje. Caminhamos até um lugar mais distante: o nosso lugar de costume. Sentamos e o riso me vem junto com o ar, não consigo contê-lo e não há absolutamente nada engraçado.
O tempo demora a passar, falamos e desenhamos absurdos. Vem a fome tatear meus órgãos mais vitais e eu preciso de qualquer coisa sólida para me agarrar. Mas umas três horas de alegria
e logo me vem a culpa, o sono.
Sei que não será a última vez, não posso fazer promessas falsas a mim mesma. Sei também que irei afundar-me e penso em todos aqueles que dariam a vida para isso não acontecer, então só posso abaixar a cabeça e pedir perdão. Não, não agora.
A minha pouca inteligência se flutua para fora da minha mente, eu sinto a falta dela como o peixe sente a falta da água, mas não consigo, não posso. Resta-me apenas amar e fazer feliz quem amo, até o dia em que a mentira acabar junto com meu corpo e a falsa felicidade que antes estampara meu rosto caia junto com a vitalidade de um ser que precisa ainda evoluir.