terça-feira, 20 de julho de 2010

Não faz sentido.

     Eu não quero mais escrever. Mas algum desejo estranho me faz voltar aqui e dizer coisas incompreensíveis, descrever sentimentos medíocres e acreditar que algo surpreendente vai acontecer.
Relamente, aconteceu. 
     Aconteceu algo surpreendentemente ruim, foi o inferno novamente.
     A sequência foi: Um sonho, a felicidade, a empolgação, a descoberta, o surto, a confusão, a destruição de todas as coisas boas, o desespero, a tentativa de fuga, o abandono declarado, a falha no suicídio, no dia seguinte a segunda-feira de ressaca e trabalho, como se não importasse nem um pouco tudo o que aconteceu. E não importa para as pessoas, apenas pra mim.
     Não consigo não me importar, não posso. É uma parte essencial de mim, não consigo.
     E às vezes somem as palavras pra explicar tudo o que eu quero sem ter de dizer, isso de fato é muito difícil mas eu quero dizer algo que mude, que vire a página e não que faça pessoas tristes e doentes que leem tudo isso conservarem seu estado de espírito tão perturbado, tão frio, tão cheio de nada.
     É por isso que me recuso a continuar.

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